COP30 e os destaques de sustentabilidade no RCS 25

O Rio Construção Summit 2025 deixou uma mensagem importante: a tendência é que o setor da construção se posicione cada vez mais como protagonista na agenda global de sustentabilidade.

No momento em que o mundo se volta à COP30, sediada em Belém de 10 a 21 de novembro de 2025, resgatamos a urgência de unir inovação, responsabilidade ambiental e crescimento econômico, conforme acompanhamos na programação do RCS 25. A realização da COP30 coloca o Brasil no centro das negociações climáticas globais, abrindo oportunidades para a indústria em termos de inovação, financiamento e competitividade.

No Rio Constução Summit 2025, alguns dos destaques dessa discussão foram abordados na entrega do Prêmio Firjan de Sustentabilidade 2025, que aconteceu no último dia do evento e mostrou caminhos para uma indústria mais eficiente e de baixo carbono. 

O Prêmio Firjan como laboratório de soluções para a construção

Os projetos premiados demonstraram forte alinhamento com a Agenda 2030 da ONU, com a abordagem de temas como transição energética, reúso de água e proteção ambiental. Com sete categorias, a premiação destacou soluções que abordam diretamente os desafios da construção civil e o futuro do planeta.

Entre os projetos vencedores, o foco foi para temas primordiais à sustentabilidade de longo prazo. Veja alguns dos resultados:

• Água e efluentes – Projetos como o da Merck, que ganhou a categoria, demonstraram a viabilidade de reduzir o consumo total de água de uma planta em aproximadamente 40% por meio da produção de água de reúso em torres de refrigeração.
• Biodiversidade e serviços ecossistêmicos – Reconhecendo a importância de ir além do canteiro de obras, projetos como o “Aves do Açu” (Vast Infraestrutura), desenvolvido no Norte Fluminense, demonstram a valorização da fauna local e de soluções baseadas na natureza.
• Mudança do clima e transição energética – Esta categoria, fundamental para a descarbonização da construção, reconheceu iniciativas que promovem a eficiência energética, a redução de emissões de GEE (Gases de Efeito Estufa) e o uso de energias renováveis.
• Resíduos sólidos – Mirando na economia circular, projetos como o $emear (Casa da Moeda do Brasil) demonstram um sistema regenerativo, transformando resíduos orgânicos gerados em seu restaurante em adubo para doação a produtores locais.
• Estratégias de engajamento e promoção da Agenda 2030 dos ODS – Projetos como o “Mulheres Extraordinárias” (Porto Sudeste) visam o empoderamento feminino e facilitam a inserção de mulheres no mercado de trabalho por meio de uma abordagem holística.
• Gestão de impacto e investimento social – Esta categoria premia iniciativas que geram impacto socioambiental positivo, como o projeto 1P=5P (Reserva), que, a cada peça vendida, complementa 5 pratos de comida para pessoas em insegurança alimentar, ultrapassando 150 milhões de refeições complementadas.
• Governança corporativa – Voltados à integridade e à ética, projetos como o “Embaixadores de Compliance” (SBM Offshore) evidenciam o comprometimento da alta liderança em promover uma cultura de ética, prevenindo riscos e aumentando a confiança nos canais de denúncia.

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